Publicado:segunda-feira, 29 de junho de 2015
Postado por paulostudio
WiGig: bem mais rápido do que o Wi-Fi
Talvez você já tenha ouvido falar do WiGig ou Wireless Gigabit.
Se não, talvez não demore a se familiarizar com o nome: muito mais
rápida que as redes Wi-Fi atuais, a tecnologia deve começar a chegar ao
mercado até o final deste ano. Pelo menos é o que sinalizam empresas
como Qualcomm, Intel e Samsung.
Como funciona?
Não
se trata de nenhuma tecnologia revolucionária, seu funcionamento é
bastante similar à tecnologia Wi-Fi. A principal diferença é que os
aparelhos WiGig trabalham em uma frequência de 60 GHz, lembrando que a
faixa do padrão atual é de 2,4 a 5 GHz. O resultado é um significativo
aumento na velocidade: um total teórico de 7 Gbps (quase 1 GB por
segundo) contra os 600 Mbps das redes Wi-Fi.
Esta
enorme diferença é, em essência, a característica que torna o WiGig tão
rápido. Estima-se que, em condições laboratoriais, a tecnologia possa
transmitir dados à taxa, apenas em um único canal.
Em situações cotidianas, esta velocidade deve cair por causa das frequentes adversidades, mas ainda assim se mantendo em níveis mais expressivos que no 802.11ac, as especificações Wi-Fi mais atuais, cuja velocidade máxima em um canal simples é de 433 Mb/s (megabits por segundo).
Em situações cotidianas, esta velocidade deve cair por causa das frequentes adversidades, mas ainda assim se mantendo em níveis mais expressivos que no 802.11ac, as especificações Wi-Fi mais atuais, cuja velocidade máxima em um canal simples é de 433 Mb/s (megabits por segundo).
Quais aplicações e vantagens?
O
seu uso é ideal para soluções domésticas de transmissão de áudio e
vídeo sem fio. Imagine que desta forma é possível transmitir filmes em
Blu-ray do computador direto para a televisão em tempo real sem nenhum
cabo.
O que esperar para o futuro?
Diante de todas estas características, a indústria vislumbra o WiGig sendo utilizado na criação de redes locais capazes de transmitir muito mais dados simultaneamente – requisito para streaming em 4K, por exemplo – como também em substituição aos cabos que usamos para conectar nossos dispositivos.
A Qualcomm é uma das companhias mais engajadas com o padrão. O poderoso SoC Snapdragon 810, um dos lançamentos mais esperados da companhia para o ano, será compatível com o WiGig. Na CES 2015, que aconteceu recentemente, a empresa também apresentou um roteador baseado na tecnologia.
2015 deve mesmo marcar a chegada do 802.11ad ao mercado. Além da Qualcomm, a Intel está se preparando para explorar a tecnologia neste ano, mas focando-se em laptops. Companhias como Samsung e Sony já confirmaram planos de abrir o caminho em relação a dispositivos móveis e outros eletrônicos.
Só não dá para esperar que o WiGig venha para tomar o espaço dos padrões Wi-Fi que usamos hoje. Transmissões em 60 GHz são mais facilmente bloqueadas por paredes e tetos, portanto, funcionam bem apenas em ambientes com poucos obstáculos. Mas, com o aprimoramento da tecnologia nos próximos anos, quem sabe?
Diante de todas estas características, a indústria vislumbra o WiGig sendo utilizado na criação de redes locais capazes de transmitir muito mais dados simultaneamente – requisito para streaming em 4K, por exemplo – como também em substituição aos cabos que usamos para conectar nossos dispositivos.
A Qualcomm é uma das companhias mais engajadas com o padrão. O poderoso SoC Snapdragon 810, um dos lançamentos mais esperados da companhia para o ano, será compatível com o WiGig. Na CES 2015, que aconteceu recentemente, a empresa também apresentou um roteador baseado na tecnologia.
2015 deve mesmo marcar a chegada do 802.11ad ao mercado. Além da Qualcomm, a Intel está se preparando para explorar a tecnologia neste ano, mas focando-se em laptops. Companhias como Samsung e Sony já confirmaram planos de abrir o caminho em relação a dispositivos móveis e outros eletrônicos.
Só não dá para esperar que o WiGig venha para tomar o espaço dos padrões Wi-Fi que usamos hoje. Transmissões em 60 GHz são mais facilmente bloqueadas por paredes e tetos, portanto, funcionam bem apenas em ambientes com poucos obstáculos. Mas, com o aprimoramento da tecnologia nos próximos anos, quem sabe?