Publicado:domingo, 5 de julho de 2015
Postado por paulostudio
SUS vai realizar transplante de medula para tratar anemia falsiforme
O
Ministério da Saúde publicou na quarta-feira, 1º, no Diário Oficial da
União, a portaria nº 30 que incorpora o transplante de medula para
tratamento da Anemia Falciforme no Sistema Único de Saúde (SUS). A
medida foi comemorada por profissionais que lidam com os portadores da
doença no Piauí. “Há muito tempo aguardávamos por essa portaria e
esperamos que ela seja brevemente regulada, implantada e entre em vigor
para vermos como irá se comportar os hospitais, como eles se adaptarão
para oferecerem esse serviço” disse a Dra. Gildene Alves, hematologista e
oncologista do Hospital Infantil Lucídio Portella (HILP).
Segundo
a médica, o transplante não é indicado como a primeira alternativa para
o tratamento da doença e sim procedimentos de suporte e medicação. “No
Piauí não é feito esse tipo de transplante. Quando é indicado o
transplante, os pacientes são enviados para outros estados,
principalmente São Paulo e Pernambuco”, disse.
Atualmente,
são tratadas no Hospital Infantil 200 crianças e adolescentes até 16
anos incompletos, 30 delas com indicação para transplante de medula.
Depois dessa idade, os pacientes passam a ser tratados no Centro de
Hematologia e Hemoterapia do Estado do Piauí (HEMOPI). Segundo a
presidente da Associação de Portadores de Anemia Falciforme no Estado do
Piauí (APAFESPI), Semiramis Guadalupe, estão cadastrados 498 portadores
da doença na Associação.
No
Brasil, existem entre 25mil a 50 mil portadores de anemia falciforme. O
Ministério da Saúde acredita que, por ano, serão feitos cerca de 40
transplantes entre esses pacientes. Sintomas e tratamento A Doença
Facilforme é uma das doenças hereditárias mais comuns no Brasil afetando
predominantemente a população negra e apresenta como principais sinais e
sintomas a anemia crônica, a icterícia (olhos amarelos), crises de
dores intensas e lesões irreversíveis a órgãos e tecidos.
O
tratamento é feito com o uso de vacinação e penicilina nos primeiros 5
anos de vida, como profilaxia às infecções, uso regular de ácido fólico,
medicamentos para a dor, uso de hidroxiuréia e, em alguns casos,
transfusões de sangue de rotina. No entanto, o uso crônico da transfusão
pode ocasionar o desenvolvimento de anticorpos que tornam as
transfusões menos eficazes. O transplante é, atualmente, a única
possibilidade de cura.
fonte: ms