Publicado:segunda-feira, 29 de junho de 2015
Postado por paulostudio
ONU estima que 1,5 bilhão de pessoas ainde vivem sem energia elétrica
O Ano Internacional da Luz, criado pela Organização das Nações
Unidas (ONU) para sensibilizar os governos do mundo para um fato grave,
será comemorado ao longo de 2015. De acordo com a ONU, apesar de todos
os avanços científicos da humanidade, 1,5 bilhão de pessoas ainda vivem
sem energia elétrica no mundo.
Os desdobramentos do problema são muitos, entre eles a
impossibilidade de estudar à noite, dificuldade de acesso à informação,
desperdício de comida por falta de geladeira e insegurança. Segundo a
Unesco, a prática cultural no continente africano de usar querosene como
combustível para lamparinas mata 1,5 milhões de pessoas por ano e é uma
das principais causas de problemas respiratórios em milhões de
moradores da região.
No Brasil, há 12 anos o governo tenta universalizar o acesso à
energia elétrica por meio do programa Luz para Todos. Entretanto, boa
parte da população continua sem luz. Segundo o diretor do programa,
Aurélio Pavão, do Ministério de Minas e Energia, cerca de 190 mil
famílias brasileiras ainda vivem sem energia, a maior parte na zona
rural.
Para o diretor, o avanço foi significativo desde 2002, quando o
ministério estimou que 10 milhões de pessoas, cerca de 2 milhões de
moradias, não tinham luz no país. “Em maio de 2009, o programa cumpriu a
meta dos 10 milhões. À medida que avançamos, identificamos novas
famílias e novos domicílios no meio rural que também precisavam de
energia. O programa já levou energia a 15,5 milhões de pessoas”,
esclareceu Pavão.
Ele explicou que são três as razões para a construção de muitas novas
casas no país nos últimos anos. “O crescimento econômico, que gerou
mais construções nas propriedades familiares, retorno de muitas famílias
ao campo e os programas de assistência social, como Bolsa Família, que
incrementou a renda das famílias."
Segundo Aurélio Pavão, nas regiões Sul e Sudeste e parte do Nordeste o
acesso à luz já está universalizado. “A partir de agora, nosso maior
desafio são alguns estados do Nordeste, principalmente Bahia, Piauí,
Maranhão e Alagoas, além de Goiás, no Centro-oeste, e toda a região
Norte." O novo prazo para universalização de energia no país é 2018.
Além das 190 mil residências mapeadas pelo ministério, Aurélio Pavão
destacou a existência de comunidades isoladas na Amazônia. Elas não
estão contabilizadas, mas não têm energia. Pavão explicou que o problema
de levar energia para a região são as dificuldades de logística e
obstáculos naturais.
Para superar os problemas, o programa foi modernizado com o uso de
novas tecnologias, como cabos subaquáticos, postes de fibra de vidro,
que boiam facilitando transporte pelos rios, e uso de energia solar. “Em
tese, ainda temos uma população grande para atender nessa região, mas a
o ministério está conseguindo avançar bastante”, acrescentou.
Até maio de 2015, os investimentos no programa Luz para Todos chegavam a R$ 22,7 bilhões.
fonte:ebc