Publicado:sexta-feira, 13 de março de 2015
Postado por paulostudio
Diabetes: Monitor e pâncreas artificial substituem furo no dedo
Furar
o dedo várias vezes ao dia para monitorar o açúcar no sangue e ter de
aplicar insulina com a mesma frequência podem deixar de fazer parte da
vida dos diabéticos. Um projeto de pâncreas artificial e um monitor de
glicose que funciona por 14 dias sem a necessidade de perfurações são
algumas das inovações que serão apresentadas a partir desta
quinta-feira, 12, no 1º Simpósio Internacional de Novas Tecnologias em
Diabetes, em São Paulo.
Promovido
pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o evento vai até sábado e
mostrará inovações no controle e no tratamento da doença que atinge mais
de 13 milhões de pessoas no país. Para monitoramento da diabete, será
apresentado um monitor já comercializado na Europa e em processo de
aprovação no Brasil.
Com
ele, o paciente coloca sobre a pele um dispositivo com uma agulha muito
fina que pode permanecer no local por até 14 dias sem precisar de
substituição. Para saber o índice glicêmico, basta que o paciente
aproxime o monitor dessa área da pele. Por meio de um sistema de
scanner, o monitor lê a informação e informa no visor. "Os dados podem
ser acumulados por três meses", explica o endocrinologista Marcio
Krakauer, do Núcleo de Tecnologia em Diabetes da SBD e um dos
coordenadores do simpósio.
Ele
afirma que o equipamento conseguiu a aprovação da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) em fevereiro e agora aguarda a liberação
da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) - por conter mecanismo
de comunicação entre dois aparelhos.
No
evento, pesquisadores também vão falar sobre as tecnologias existentes
de tratamento para grupos específicos, como gestantes e bebês. "Muitas
pessoas ficam esperando a descoberta de uma cura, mas se esquecem de
usar o que já existe para controlar a doença. Essas novas tecnologias
que facilitam a vida também ajudam a aumentar a aderência do diabético
ao tratamento."
Israel
O
simpósio terá ainda palestra do pesquisador alemão Thomas Danne, que
desenvolve com cientistas de Israel e da Eslovênia um projeto de
pâncreas artificial. "A tecnologia, na verdade, seria uma bomba de
insulina acoplada a um sensor, que já daria o comando para a liberação
da insulina, tudo automático", explicou.
No
evento, pesquisadores também vão falar sobre as tecnologias existentes
de tratamento para grupos específicos, como gestantes e bebês. "Muitas
pessoas ficam esperando a descoberta de uma cura, mas se esquecem de
usar o que já existe para controlar a doença. Essas novas tecnologias
que facilitam a vida também ajudam a aumentar a aderência do diabético
ao tratamento."