Publicado:segunda-feira, 28 de julho de 2014
Postado por paulostudio
Diabetes e hipertensão são principais causadoras da doença renal crônica
271 pessoas estão na lista de espera por um transplante de rim no Piauí.
Segundo
dados da Central Estadual de Regulação de Transplantes, 271 pessoas
estão na lista de espera por um transplante de rim no Piauí. Os casos
são decorrentes da chamada doença renal crônica (DRC). Uma doença
silenciosa, caracterizada pela perda progressiva e irreversível da
função dos rins. As opções de tratamento são a hemodiálise, diálise
peritoneal e o transplante renal.
No Brasil, assim como no resto
do mundo, os dois principais fatores causadores da doença renal crônica
são o diabetes e a hipertensão arterial. Quando associadas, em um mesmo
indivíduo, o risco de desenvolver a DRC é ainda maior. As medidas
primordiais para a prevenção são o controle do diabetes e da pressão
arterial.
De acordo com a médica nefrologista e membro da equipe
de transplante renal do HGV, Celina Castelo Branco, no Brasil, a
hipertensão arterial é a principal causa da doença. "O Governo
brasileiro, através do Ministério da Saúde (MS), adotou uma política de
prevenção e combate à doença renal crônica, considerada um caso de saúde
pública", enfatiza.
Em relação a outros fatores que provocam a
doença, a nefrologista explica que a prevenção é mais difícil, pois a
DRC não apresenta características clínicas evidentes e que, normalmente,
elas aparecem de forma tardia. Nesses casos, o diagnóstico precoce é a
principal forma de prevenção. Daí, a importância de se procurar um
médico e realizar, periodicamente, exames laboratoriais como a
creatinina, importante indicador das condições dos rins. Sobretudo, os
indivíduos que apresentam fatores de risco: diabetes, pressão alta e
pessoas com histórico familiar de doença renal.
Apesar da doença
renal crônica não apresentar muitos sintomas, é importante conhecer
alguns sinais que podem estar relacionados a ela, tais como fraqueza,
cansaço, inchaço nos olhos, pés e tornozelos, urinar com maior
frequência durante a noite; sangue na urina, falta de apetite e náuseas e
vômitos na fase mais avançada da doença.
Quanto às formas de
tratamento, a médica diz que os melhores resultados são obtidos com o
transplante. "O transplante não significa a cura, mas sim uma excelente
forma de tratamento, que propicia ao paciente ter uma melhor qualidade
de vida. Porém, o transplantado precisa tomar medicamentos
continuamente, principalmente nos primeiros seis meses após o
procedimento, para controlar a imunidade e evitar a rejeição. Além
disso, deve visitar um nefrologista periodicamente, durante toda a
vida", pontua.
A profissional chama a atenção para o fato de que
nem toda pessoa que tem DRC está apta a receber um transplante renal.
"Para passar por um transplante, o paciente precisa estar clinicamente
estável; com anemia, pressão arterial, diabetes e doença cardíaca, caso
apresente, controlados. Pois ele será submetido a uma cirurgia com
anestesia geral, onde existem as complicações inerentes ao
procedimento", finaliza.
Fonte: Com informações da CCOM