Publicado:sexta-feira, 11 de abril de 2014
Postado por paulostudio
Luz azul de celulares e tablets pode cegar
A luz azul até que não seria um
problema se a vida hoje em dia não estivesse intimamente ligada à
tecnologia. As maiores fontes dessa luz nociva são encontradas nos
celulares (smartphones), tablets, telas de computadores e TVs de tela
plana, ou seja, exatamente o que a população tem usado cada dia mais.
Segundo
estudos, a exposição prolongada pode causar degeneração macular,
problemas sérios na retina e até mesmo levar à cegueira. “Essa luz tem
uma fototoxicidade que deve ser considerada”, alerta Márcia Beatriz
Tartarella, diretora da Sociedade de Oftalmologia Pediátrica da Latino
América. “O efeito é cumulativo, ou seja, não vai acontecer nada no mês
seguinte, mas sim ao longo dos anos”.
O diretor responsável pelo Tranjan
Centro Oftalmológico, Alfredo Tranjan, explica que existe dois tipos de
luz azul: o azul turquesa e o azul violeta. O turquesa é uma luz boa,
que não faz mal aos olhos. “Essa luz é responsável por organizar o
relógio biológico. Existem estudos que estão sendo feitos para colocar
essa luz no painel de carros, para manter o motorista alerta”, conta.
O
problema mesmo é luz azul violeta, que pode causar degenerações
maculares e até mesmo a catarata, segundo a diretora da Sociedade de
Oftalmologia Pediátrica da Latino América. Pessoas que ficam horas
diante de aparelhos celulares, TVs, tablets e telas de computadores
podem, com o passar dos anos, sofrerem consequências. “Se uma pessoa se
expõe durante 7h por dia nessa luz, a partir dos 25 anos, com 40 ela
pode ter um problema”, explica Tranjan, ressaltando que o dano é a longo
prazo.
Danos causados pelos raios ultravioletas (UV)
Márcia
Beatriz explica que a luz azul também vem pelo sol. “A diferença é que
nos protegemos dessa luz com óculos de sol. Agora, quem fica de óculos
de sol no escritório?”, questiona. A oftalmologista explica que já
existem lentes de óculos de grau – ou mesmo sem, que conseguem filtrar
uma parte dessa luz azul, que são as lentes fotossensíveis, que reagem à
luz UV.
Os
usuários de óculos de sol, no entanto, devem se certificar de que as
lentes realmente têm proteção UV. Uma pesquisa realizada pela Associação
Brasileira da Indústria Óptica (Abióptica) e Instituto Meirelles de
Proteção à Propriedade Intelectual (Imeppi) mostrou que, entre 2006 e
2013, foram apreendidas 70,2 milhões de óculos ilegais no Brasil, que
significa que não têm proteção UV – ou não tem a proteção adequada.
O
diretor presidente da Abióptica, Bento Alcoforado, explica que às vezes
os óculos até oferecem uma proteção adequada, o problema é quanto ela
vai durar. “A proteção de alguns óculos falsos às vezes só dura uma
semana, um mês. Depois disso, a capacidade de proteção acaba”, alerta.
Para a segurança dos usuários, Alcoforado esclarece que o setor óptico
está trabalhando para oferecer, junto à Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), uma certificação brasileira de qualidade dos produtos
comercializados no País.
Fonte: Terra