Publicado:quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Postado por paulostudio
Agricultores acampam na sede do Incra PI e pedem execução de projetos
Cerca de 800 moradores já estão acampados na sede do órgão em Teresina.
Movimento cobra reforma agrária em assentamentos e mais recursos.
Cerca de 800 moradores de assentamentos acamparam nesta quinta-feira (5)
em frente a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(Incra) no Piauí. Os manifestantes ocuparam o prédio para cobrar a
reforma agrária e a distribuição do recurso de R$ 21 milhões dado pelo
Governo Federal que foi retirado das contas das associações. A ocupação
pretende reunir três mil pessoas durante a quinta e sexta-feira (6).
Foto: Gil Oliveira/ G1 |
“Estamos reivindicando a execução de novos processos de reforma agrária
e desapropriação de terras. Também queremos que seja novamente
depositado na conta das associações o recurso do Governo Federal, com
créditos para apoio e habitação nos assentamentos”, reivindica o diretor
do Movimento dos Sem Terra (MST) no Piauí, João Luís Vieira.
Segundo o diretor, o recurso já estava há três anos à disposição dos
assentados e esperava apenas a operacionalização dos recursos por parte
do Incra Piauí. “Este recursos foi retirado porque o Incra não fez o seu
trabalho. Agora as famílias não terão como produzir e a situação ficará
muito difícil”, revela João Luís.
Para o membro da comissão da Pastoral da Terra Gregório Borges, há três
anos o Governo Federal não tem se preocupado com a questão da reforma
agrária. “Em 2011, apenas um assentamento no Piauí contou com a reforma,
já em 2012 foram poucos e em 2013 ainda não houve a execução de nenhum
projeto”, disse Gregório.
De acordo com o representante da pastoral, a ausência de reforma
agrária tem criado problemas graves para as famílias nos assentamentos.
“Sem a regularização da terra não há como ser disponibilizados
investimentos públicos, por conta disso os trabalhadores são obrigados a
vir à capital, ocupar a sede do Incra e chamar a atenção das
autoridades”, disse Gregório Borges.
Segundo os assentados, o grupo vai ficar acampado por dois dias na sede
do Incra e deve receber ainda mais pessoas na sexta-feira (6). “Temos
caravanas chegando de diversas regiões do estado e esperamos reunir três
mil pessoas na sede do Incra, de onde partiremos na sexta-feira em
protesto para sede do governo, o Palácio de Karnak, no Centro de Teresina”, disse João Luís.
Servidores protestam
Além da reforma agrária e liberação de recursos para a população dos assentamentos e trabalhadores rurais, o movimento pede a estruturação do Incra e melhores condições de trabalho para seus servidores. “O órgão está parado, a procuradoria está acabado e todos os processos de reforma estão sendo apreciados em Brasília. Precisamos valorizar o órgão que importante para os moradores de assentamentos, pequenos produtores e trabalhadores rurais”, reivindica o membro da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Piauí Adonia Higino.
Além da reforma agrária e liberação de recursos para a população dos assentamentos e trabalhadores rurais, o movimento pede a estruturação do Incra e melhores condições de trabalho para seus servidores. “O órgão está parado, a procuradoria está acabado e todos os processos de reforma estão sendo apreciados em Brasília. Precisamos valorizar o órgão que importante para os moradores de assentamentos, pequenos produtores e trabalhadores rurais”, reivindica o membro da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Piauí Adonia Higino.
O perito federal do Incra Marcelo Parente revela que sua categoria está
há três anos reivindicando uma estruturalização da carreira e melhores
condições de trabalho. “O governo nos propôs um aumento disfarçado, na
verdade queriam diminuir nosso vencimento básico e dar um aumento nas
gratificações, que só são pagas com o cumprimento de metas, que não
podem ser cumpridas porque não temos estrutura para trabalhar. Além
disso, essas gratificações não continuam sendo paga quando somos
aposentados, o que resulta numa redução significativa do salário, que já
é defasado”, relata.
No Piauí, somente o MST coordena 76 assentamentos, com mais de 500 famílias em todas as regiões do estado.
fonte: com informações do g1piaui