Publicado:segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Postado por paulostudio
Homens já são 20% dos pacientes que buscam cirurgias plásticas no Brasil
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia
Plástica (SBCP), pacientes masculinos já são 20% do total de pessoas
que recorrem a esse tipo de procedimento no Brasil. Dessa forma, das 911
mil cirurgias realizadas em 2012, cerca de 182 mil foram em homens.
Novatos em um terreno predominantemente feminino, eles procuram os médicos,
na maioria das vezes, em busca de técnicas corretivas e de
lipoesculturas. Foi o caso de um promotor de eventos carioca, que quis
se identificar apenas como Julio Cesar, de 41 anos. Em agosto passado,
ele retirou 3,8 litros de gordura da barriga, costas e flancos. Parte do
material foi injetado nos glúteos.
— Foi uma decisão tomada no consultório. Eu era
barrigudo e sem nada atrás. Colocava a calça e ela ficava caída,
totalmente reta — conta Julio Cesar, que ainda incluiu no pacote cirúrgico a revisão de uma cicatriz no abdômen.
Qualquer que seja o procedimento pedido, a exigência dos homens é sempre a mesma: resultado natural.
— O que eles mais perguntam é “não vou ficar com cara de mulher,
doutor?”. As técnicas são ajustadas para o público masculino, justamente
para manter o aspecto natural — afirma o cirurgião plástico Guilherme
Miranda.
Dono de próteses de 300ml de silicone em cada peito, Cleber
Berlado também tinha medo de ficar com aparência desproporcional. Hoje, o
administrador de imóveis, que fez o implante por não conseguir
resultados expressivos na região do tórax apenas com malhação, se diz em
paz com o espelho.
Menos preconceito
O crescimento da adesão de homens a cirurgias plásticas estéticas
foi maior na última década, segundo Guilherme Miranda, sobretudo graças
à diminuição do preconceito.
— Já se entende que cuidar da aparência não afeta a
masculinidade. Antes, estar apresentável era algo restrito às mulheres.
Agora, eles também querem se sentir mais seguros com a própria imagem —
analisa o médico.
Para o cirurgião plástico Luiz Eduardo Ematne, ser vaidoso é
positivo, já que a beleza é um critério usado pelo ser humano para
avaliar o outro. Pesquisas indicam que pessoas bonitas têm mais
facilidade com relacionamentos, ganham melhores salários e são mais bem
atendidas em locais públicos.
— Em exagero, porém, a vaidade tem como efeito colateral o
narcisismo e o perfeccionismo, que comprovadamente reduzem a felicidade
humana — aponta.
Homens que desejam se submeter a plásticas não devem esquecer que
todo procedimento implica riscos, calculados em exames pré-operatórios,
lembra Ematne. Além disso, de acordo com o médico, a cirurgia nunca
pode ser encarada como substituta de atividades físicas.
— Mesmo quem coloca silicone no peitoral precisa de musculação
depois. Exercícios são para a saúde, não só para a estética — diz.
fonte:com informações do meionorte