Publicado:sábado, 13 de julho de 2013
Postado por paulostudio
Síndrome Alcoólica Fetal vira tema de cartilha e beneficia população
Material é assinado pelo obstetra Alberto Monteiro Júnior e será distribuído em todo o Estado.
Se o consumo de álcool entre mulheres grávidas é uma realidade nos
dias atuais, saiba que isso poderá mudar. A Secretaria de Estado da
Saúde do Piauí lançou durante o II Simpósio contra Álcool e outras
drogas diretrizes para reforçar o que já é uma recomendação dos médicos
de todo o país: gestante ao consumir bebidas alcoólicas passa para o
bebê provocando efeitos tóxicos.
A iniciativa é realizada através
de uma cartilha onde apresenta de forma clara e objetiva as
consequências da Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), que é causada pelo
consumo de álcool pelas mulheres grávidas. O material é assinado pelo
obstetra Alberto Monteiro Júnior e será distribuído em todo o Estado com
o objetivo de difundir a doença que já atinge uma criança a cada mil
nascidas.
Segundo Alberto Júnior, o consumo de bebidas alcoólicas
prejudica algumas áreas do cérebro do bebê e compromete funções
importantes, como o equilíbrio, aprendizado e memória e o relacionamento
social. “A SAF tem vários níveis de gravidade, podendo provocar:
alterações no rosto; atraso no crescimento e má coordenação motora;
retardo mental, dificuldade de aprendizado, déficit na memória e
problemas de relacionamento”, explica o obstetra.
O
crescimento da síndrome vem preocupando profissionais de saúde de todo o
Brasil, já que o país está ocupando no ranking mundial posição de
destaque, como um dos maiores produtores e consumidores de álcool.
“Atualmente, é cada vez mais precoce o início de uso de álcool entre
adolescentes, e dados apontam que entre 30% a 40% da população feminina,
em idade fértil, faz uso de álcool, até de forma abusiva, durante a
gravidez”, enfatiza Alberto Monteiro.
Para saber se uma criança
tem a síndrome alguns sintomas podem ser detectados: dificuldade de
crescimento e alimentação; demora a começar a se movimentar, comer e
falar; baixo peso ao nascer; bochechas achatadas; queixo fino; nariz
curto; olhos pequenos e separados demais e lábio superior fino. “Não é
necessário que a criança apresente, necessariamente, todas essas
características. As alterações físicas causadas pela doença se tornam
mais evidentes entre os dois e os dez anos, assim na adolescência, o que
dá pra perceber melhor são as dificuldades de aprendizado e
comportamento”, disse o especialista.
Por isso durante uma visita
do profissional de saúde ou uma consulta médica realizada no período
gestacional é fundamental que a mãe informe se consumiu alguma bebida
alcoólica para que se possa descobrir se a criança tem SAF e receber o
tratamento o mais rápido possível.
Fonte: Com informações da Ascom