Publicado:sábado, 20 de julho de 2013
Postado por paulostudio
Isotônicos e energéticos devem ser ingeridos sempre com moderação
Qual
a melhor hora para tomar um isotônico ou energético, quanto é bom
beber, quais as indicações e os riscos desses produtos são dúvidas de
muitas pessoas. Segundo
o médico do esporte Gustavo Magliocca, o isotônico serve para repor
sais minerais (como sódio e potássio) e carboidratos perdidos por
atletas em exercícios intensos e/ou que duram mais de uma hora. Também
evitam cãibras e a desidratação.
Esse
suplemento é recomendado durante e depois da atividade, e deve ser
evitado por indivíduos que não praticam exercícios, sofrem de
insuficiência cardíaca, hipertensão arterial ou doenças renais. Isso
porque os isotônicos contêm muito sódio (entre 50 mg e 160 mg por
garrafa, contra 11 mg de um refrigerante, em média).
Magliocca
e o cardiologista Daniel Santos também explicaram que os isotônicos não
substituem o soro em casos de diarreia, embora possam ajudar quando o
problema não é tão sério. É importante, ainda, ficar atento aos rótulos
dos produtos, pois eles contêm calorias – 500 ml têm cerca de 120 kcal.
Crianças
só devem consumir isotônicos se forem atletas que participam de
competições. O uso indiscriminado, para substituir a ingestão de água ou
sucos naturais, deve ser abolido, destacaram os especialistas.
Antes
dos exercícios, é indicado ingerir de 200 ml a 400 ml de líquidos. Pode
ser suco, água ou isotônico – mas atenção: não beba isotônico antes se
você já fez uma refeição com carboidratos, pois a bebida já contém esse
nutriente.
Durante
o exercício, é recomendado consumir entre 500 ml e 2 litros de água e
isotônico. A quantidade vai depender de quanto de suor a pessoa perdeu.
Se suou pouco, deve beber 1 litro de isotônico. Se suou muito, são
necessários 1 litro de isotônico e mais 1 litro de água. Após as
atividades, o consumo ideal é de 1,5 litro de líquido para cada quilo
perdido. Nesse momento, também é importante consumir frutas e alimentos.
Para
calcular quanto você perde de água durante os exercícios, pese-se antes
e depois e transforme o resultado de gramas em mililitros. Por exemplo:
se você perdeu 400 gramas, reponha 400 ml durante a atividade. O ideal é
repor isso com metade de água e metade de isotônico, de forma
fracionada.
Ao
fim do exercício, a quantidade de líquido que você deve repor
corresponde a 1,5 vez o peso que você perdeu. Por exemplo: se você
perdeu 400 gramas, reponha 600 ml. Pode ser com suco, água, isotônico ou
fruta. A reposição deve ser feita nas 2 horas seguintes ao treino,
também de forma fracionada.
Energéticos
As
bebidas energéticas contêm várias substâncias, mas as mais importantes
são a cafeína e a taurina. A cafeína deixa a pessoa mais alerta, e a
taurina é um aminoácido que diminui o cansaço muscular.
A
bebida é muito consumida por atletas que competem, para melhorar o
desempenho físico. É importante ressaltar que, em doses muito altas, a
cafeína era proibida por atletas porque fazia parte do doping. Em 2004,
porém, o Comitê Olímpico liberou o uso. Segundo
o cardiologista Daniel Santos, é preciso ficar atento à quantidade de
cafeína consumida por dia. Quando uma pessoa bebe energético, precisa
levar em conta todos os alimentos que ingeriu ao longo do dia que também
contêm cafeína, como café, chocolate, refrigerante com cola e chá
preto.
O
consumo excessivo de cafeína pode causar insônia, transtorno de
ansiedade, gastrite, dor de cabeça, arritmia cardíaca, intoxicação e
tremores. As pessoas começam a apresentar sintomas se consumirem acima
de 250 mg de cafeína por dia – cinco xícaras de café de 60 ml já atingem
essa quantidade. Quem tem problemas cardíacos ou hipertensão arterial
deve consumir uma dose menor.
Por
essa razão, as bebidas energéticas devem ser ingeridas esporadicamente,
quando a pessoa estiver muito sonolenta ou cansada e precisar se manter
alerta para uma atividade. Além disso, crianças não devem tomar
energético, pois a quantidade de cafeína é muito alta.
fonte: com informações do g1
Os
energéticos também não devem ser misturados com álcool, que faz com que
a pessoa não reconheça seu real estado de embriaguez, levando-a a
aumentar a chance de intoxicação, tanto pela bebida quanto pelo
energético. O álcool também melhora a “palatabilidade” do energético,
fazendo com que a pessoa beba mais.