Publicado:quinta-feira, 11 de julho de 2013
Postado por paulostudio
Cientistas criam teste que detecta câncer de bexiga em ‘odor’ de urina
Cientistas
britânicos criaram um dispositivo que consegue "farejar" câncer de
bexiga na urina do paciente. O dispositivo usa um sensor que detecta
elementos químicos gasosos presentes na urina quando ela contém células
cancerosas.
Segundo
declarações dos inventores à publicação especializada PLoS One, os
primeiros testes mostram que o dispositivo dá resultados precisos nove
vezes a cada dez pacientes testados. Médicos já procuravam novas formas
de detectar o câncer de bexiga logo no início, quando seu tratamento é
mais fácil.
Muitos
resolveram investir seus esforços em detectar o problema no odor da
urina, já que outras pesquisas sugerem que cães podem ser treinados para
reconhecer o "cheiro" de determinados cânceres.
Para
testar o dispositivo, os cientistas Chris Probert, da Liverpool
University, e o professor Norman Ratcliffe, da University of the West of
England, usaram 98 amostras de urina. Destas, 24 eram de pacientes
homens com câncer de bexiga e 74 eram de homens com problemas na bexiga
mas sem câncer.
"(O
dispositivo) Lê os gases que elementos químicos podem exalar quando a
amostra é aquecida", afirmou Ratcliffe. Apesar dos resultados
animadores, Probert disse que o dispositivo ainda não poderá ser usado
em hospitais.
Sarah
Hazell, assessora de comunicação da instituição de caridade britânica
voltada para pesquisa do câncer Cancer Research UK, afirma também que o
dispositivo ainda não corresponde a um exame mais completo. "Este último
método ainda está em um estágio inicial de desenvolvimento e precisa
ser testado em um número muito maior de amostras, incluindo amostras de
mulheres e homens."
"Os
pesquisadores afirmam que o teste teria 96% de exatidão e as
descobertas são baseadas em um número relativamente pequeno de amostras,
vindas apenas de homens. Mas este é outro passo promissor para detectar
câncer de bexiga a partir de amostras de urina, algo que vai garantir
uma forma menos invasiva de diagnosticar a doença", acrescentou.