Publicado:quinta-feira, 27 de junho de 2013
Postado por paulostudio

Piauí atinge terceiro pior resultado do país na prova de redação da ABC

Segundo o teste, estado perde para o Pará (11,6%) e Maranhão (13%).
Foram avaliados 54 mil alunos de 1.200 escolas públicas e privadas.



Apenas 16% dos alunos do 3º ano do ensino fundamental do Piauí têm habilidade para organizar um texto com coesão, respeitando normas gramaticais e pontuação. O estado atingiu o terceiro menor percentual do país na prova de redação da segunda edição da Prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização), perdendo apenas para o Pará (11,6%) e Maranhão (13%). A média nacional foi 30,1%.
Os dados divulgados nessa terça-feira (25) é resultado do exame aplicado em 54 mil alunos de 1.200 escolas públicas e privadas em 600 cidades. O teste foi dividido em três aspectos: leitura, matemática e redação. Em todos eles, o resultado obtido no estado não superou a média nacional.
No estado, menos de 15% apresentaram capacidade adequada em matemática, tendo, por exemplo, domínio de adição e subtração e habilidade para resolver problemas envolvendo cédulas e moedas. Já a média nacional atingiu  33%. Em leitura, 23,8% dos alunos do sabem identificar temas de narrativas, localizar informações explícitas de personagens em textos, contra a média nacional de 44,5%.
Para Nilma Fontanive, da Fundação Cesgranrio e coordenadora da Prova ABC, uma possível justificativa para o desempenho pior em matemática é a ênfase que se dá para a língua portuguesa durante a alfabetização.  Em um pacto nacional, o Governo Federal definiu que toda criança deve estar plenamente alfabetizada até os oito anos de idade ou até o terceiro ano do Ensino Fundamental.
O objetivo da Prova ABC é traçar um diagnóstico da alfabetização dos alunos nos primeiros anos do Ensino Fundamental, com base em exames de leitura, escrita e matemática. “Há um debate em torno do que é ou não estar alfabetizado. O que estamos considerando como plenamente alfabetizado aqui é o aluno que já tem autonomia para seguir aprendendo. Ela não apenas aprendeu a ler, mas sabe ler e escrever para aprender”, destaca Nilma. “Não podemos confundir com letramento”.
Prova ABC
As provas tinham 20 itens de múltipla escolha de leitura ou matemática. Cada grupo de alunos respondeu uma delas, mas todos fizeram a redação sobre um tema único. A avaliação foi elaborada em uma parceria do Todos Pela Educação com o Instituto Paulo Montenegro/Ibope, a Fundação Cesgranrio e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
A prova é o instrumento para avaliar a alfabetização no Brasil, e se refere à meta número dois do Todos pela Educação, que é fazer com que até 2022, 100% das crianças apresentem as habilidades básicas de leitura e escrita até o fim do 3º ano do ensino fundamental. No entanto, será a última edição do exame, já que o Ministério da Educação criou a Avaliação Nacional da Alfabetização (Ana) para monitorar esses resultados.

fonte:g1piaui

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