Publicado:sexta-feira, 7 de junho de 2013
Postado por paulostudio
Agricultores familiares terão crédito de R$ 21 bilhões na próxima safra
O valor é 16,6% maior que o destinado ao setor no ano passado.
Os produtores da agricultura familiar
terão R$ 21 bilhões para financiar a próxima safra. O valor, anunciado
hoje (6) pelo governo com o Plano Safra da Agricultura Familiar
2013/2014, é 16,6% maior que o destinado ao setor no ano passado, de R$
18 bilhões. Segundo o governo, ao todo serão aplicados R$ 39 bilhões no
conjunto de medidas para o setor.
O
Plano Safra da Agricultura Familiar 2013/2014 foi lançado há pouco, no
Palácio do Planalto, em cerimônia com a presidenta Dilma Rousseff e o
ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas. O plano também
comemora os dez anos de nascimento do Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que começou com
recursos de R$ 5,4 bilhões de financiamento de safra.
O ministro Pepe Vargas ressaltou a
prioridade que o governo federal vem dando ao setor. "Não temos a menor
dúvida da importância da agricultura familiar para o desenvolvimento
econômico e social do nosso país. Nesse plano safra queremos que os
agricultores tenham mais capacidade de investimento, inovação e
tecnologia"
Entre
as novidades anunciadas para a próxima safra, está a ampliação do
limite para enquadramento no Pronaf, permitindo que mais agricultores
busquem o financiamento. A partir de agora, famílias que tiveram renda
até R$ 360 mil no último ano poderão contratar o crédito. Para
2013/2014, o plano aumenta o limite de financiamento de custeio de R$ 80
mil para R$ 100 mil. A taxa de juros paga pelos agricultores, cujo teto
era 4%, agora será até 3,5%.
Também
está prevista elevação do limite da linha de investimento. A partir de
julho deste ano, quando se inicia o preparo da safra 2013/2014, os
produtores poderão contratar até R$ 150 mil por operação. Para a
suinocultura, a avicultura e a fruticultura, consideradas atividades que
necessitam de maior mobilização de recursos, o valor para o
investimento será R$ 300 mil, e no caso de investimentos feitos em
grupo, o valor será R$ 750 mil.
O
plano destina, ainda, R$ 400 milhões ao Seguro da Agricultura Familiar
(Seaf), mecanismo de prevenção disponibilizado aos produtores rurais que
contratam financiamento de custeio e investimento do Pronaf e permite a
cobertura da parcela do financiamento.
Também
estão previstas inovações no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA),
com a ampliação do limite de aquisição anual por família, que passou de
R$ 4,5 mil para R$ 5,5 mil. No caso das famílias ligadas às
cooperativas, o limite subiu de R$ 4,8 mil, na última safra, para 6,5
mil. Quando os projetos de venda forem formados por, pelo menos, 50% dos
cooperados com baixa renda e quando os produtos forem exclusivamente
orgânicos, agroecológicos ou da sociobiodiversidade, o limite por
família passa a ser R$ 8 mil.
A
cerimônia desta quinta-feira marcou os dez anos do plano voltado à
agricultura familiar. Nesse período, de acordo com o Ministério do
Desenvolvimento Agrário, a renda do setor cresceu 52%, o que permitiu
que mais de 3,7 milhões de pessoas ascendessem para a classe média. O
segmento é responsável por 84% dos estabelecimentos rurais do País, por
33% do Produto Interno Bruto (PIB) Agropecuário e por empregar 74% da
mão de obra no campo.
Fonte: Agência Brasil