Publicado:quinta-feira, 9 de maio de 2013
Postado por Unknown
Seca provoca grandes prejuízos à pecuária do Piauí, diz Adapi
Os maiores prejuízos provocados pela seca no Piauí estão
concentradas na região do Semiárido, principalmente no entorno do
município de Paulistana, a 452 quilômetros de Teresina. Levantamento
feito pela Agência de Defesa Agropecuária (Adapi) revela que as perdas
chegam a 10,25% do rebanho identificado em 2011.
A única região do estado que até agora apresentou crescimento em
seu rebanho foi o Sul, com 1,5%. Somadas, as perdas do Semiárido e das
regiões Norte, Central e do Médio Parnaíba chegam a 61 mil cabeças de
gado a menos no rebanho piauiense, uma redução de 3,47%. No levantamento
- trabalho feito pelo Governo do Estado durante as campanhas de
vacinação contra a aftosa - os técnicos identificaram uma perda de
16.532 cabeças de gado, o que corresponde a 10,25% do rebanho.
Na região Norte, o rebanho encolheu 7.540 cabeças, correspondente
a 4,09% do plantel registado em 2011. Na região do Médio Parnaíba
Piauiense, as perdas foram de 2,91%, o equivalente a 4,392 cabeças. Na
região Central, desapareceram 3,83% do rebanho, o que equivale a 8.375
cabeças. A região Sul, por sua vez, apresentou um crescimento de 6.632
cabeças, fato atribuído às chuvas que permitiram a formação de novos
pastos.
Para o diretor-geral da Adapi¸ José Antônio Filho, a diminuição
do rebanho não pode ser atribuída apenas às mortes de animais. Segundo
ele, uma parte do rebanho do vendida ou levada para outros estados. “O
criador procurou alternativas para salvar o rebanho e entre as saídas
encontradas estavam a venda e a remoção do gado”.
Os estragos provocados pela seca, no entanto, são enormes. José
Antônio Filho revela que o rebanho piauiense vinha crescendo ano a ano
chegando, em 2011, a 20 mil novas cabeças. Apesar da irregularidade do
inverno, acredita que 2013 será um ano melhor para a pecuária. É que as
chuvas que ainda estão caindo, inclusive no Semiárido, mesmo sem
regularidade, estão permitindo a formação de pastos que vão garantir a
alimentação dos animais.
O secretário de Desenvolvimento Rural, Rubem Martins, acredita
que a situação poderia ser ainda mais grave, não fosse as medidas
emergenciais adotadas pelo governo estadual, entre elas a perfuração e
recuperação de poços, contratação de caminhões-pipa e a construção de
adutoras e pequenas barragens.
fonte:com informações do meio norte